Muita sensibilidade, autenticidade e naturalidade para contar uma história, onde o protagonismo é das quebradeiras de coco babaçu. Foi o que aconteceu nas Oficinas de Comunicação Comunitária e de Fotografia ministradas para as mulheres que representam a cultura da quebra do coco babaçu. Durante uma semana, a capacitação foi ministrada para as regionais do Tocantins, na comunidade Sete Barracas, e no Maranhão, no quilombo Monte Alegre, na região do Mearim. No Tocantins estiverem reunidas as regionais do Pará, Tocantins e Imperatriz e no Maranhão, as regionais da Baixada, Mearim e Piauí.
A atividade fez parte do projeto Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu em Defesa do Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, apoiado pela União Europeia e desenvolvido pela agência internacional de combate à pobreza, ActionAid, e pelo Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins. O fortalecimento à luta pelo acesso livre ao território, pela conservação das florestas de babaçus e pela garantia dos direitos utilizando estratégias e ferramentas de comunicação foi trabalhado na oficina de Comunicação Comunitária, ministrada pela jornalista Yndara Vasques. As atividades são preparatórias para uma campanha internacional de valorização da cultura da quebra do coco babaçu a ser lançada pela Europa.
A fotografa Bruna Valença, cujo trabalho é direcionada para o universo feminino, dialogou sobre as técnicas de fotografia e importância das próprias quebradeiras de coco babaçu registrarem a sua própria história por meio do auto retrato. “Foi uma experiência única, muita troca de conhecimento, muitas histórias inesquecíveis de luta e resistência. A sensibilidade e força dessas mulheres são inspiradoras”. “Todas são comunicadoras natas e precisam externar ainda mais as suas histórias” ressaltou Yndara Vasques.
Para a quebradeira de coco babaçu e coordenadora no MIQCB no Tocantins, Maria Helena Gomes dos Santos Amorim, as oficinas foram oportunas para reafirmar ainda mais a luta das mulheres. “A fotografia é mais uma maneira de registrarmos e denunciarmos o que acontece em nosso território. No meu caso, por exemplo, quis registrar a ameaça das florestas de babaçuais pela plantação do eucalipto”, disse.
No Maranhão, a experiência foi também agregou prática e conhecimento. Para um público dividido entre a juventude e os mais experientes, foram repassadas algumas técnicas da fotografia tendo como diretriz, a história do de luta e resistência do quilombo Monte Alegre e das comunidades próximas. “Foi uma experiência única que só fortalece a nossa luta e nos mostra como nos tornamos ainda mais visíveis”, enfatizou dona Francisca Martins, coordenadora do Movimento no Piauí.
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