O Evento reuniu mostra de experiências e discussões em grupos de trabalho que constituirão uma carta política do evento a ser debatida na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.
A coordenadora geral do Miqcb, Maria Alaídes, participou nos dias 24 e 25 de junho, em Belém (PA), do I Encontro da Amazônia Legal de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Participaram do Encontro pesquisadoras e pesquisadores de instituições públicas e diferentes setores da sociedade civil interessados em debater a pesquisa cidadã como resposta à insegurança alimentar e promoção da segurança alimentar e nutricional na região da Amazônia Legal.
O evento, promovido pela Rede PENSSAN, em parceria com a Universidade Federal do Pará, contou com a participação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Todas as reflexões serão compiladas em um conjunto de propostas apresentadas na Carta Belém que reunirá temas e, principalmente, a necessidade de financiamento público de uma agenda de pesquisa voltada à Amazônia Legal a ser apresentada e discutida na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 30, que será realizada na capital paraense em novembro de 2025.
Para além desse espaço, a coordenação do evento reforçou que a Carta Belém será enviada às instituições de fomento à pesquisa federais e da região da Amazônia Legal e para o Consea como forma de impulsionar editais de financiamento específicos para a região e o monitoramento de ações afirmativas na pesquisa brasileira.
Maria Alaídes Alves de Souza é conselheira do Consea e a coordenadora geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e representou o Conselho nas mesas de diálogo. Para ela, encontros como esse são imprescindíveis para que as políticas públicas sejam resultantes das demandas de uma sociedade participativa.
“Fiquei satisfeita e honrada em representar os mais de 30 povos e comunidades tradicionais da região por meio do movimento do qual sou representante no Consea. É muito importante falarmos da nossa história quando se trata de segurança alimentar e nutricional, tendo como base os nossos territórios da sociobiodiversidade, das mulheres em incidência, dos homens que lutam pelas florestas, para que nos entendam. E também ouvir como esses pesquisadores podem colaborar e como podemos andar juntos, de mãos dadas, rumo à COP 30”, enfatizou.
Segundo ela, mulheres extrativistas, povos e comunidades tradicionais possuem seus direitos ainda minimizados e precisam ser visibilizados. “Nós precisamos de inclusão social. Como a gente vai fazer a incidência no G20 para garantirmos financiamentos a essas pesquisas? Nós precisamos visibilizar o nosso modo de viver, pois precisamos avançar em busca dos nossos direitos”, completou.
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