O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) realiza Intercâmbio entre quebradeiras de coco babaçu e juventudes da Regional Baixada ao território de atuação da Regional Imperatriz, na Comunidade Pifeiros, entre os dias 29 e 230 de outubro.
No primeiro dia da visita, as mulheres entraram na mata para coletar babaçu e ficaram impressionadas com o tamanho do coco. “É uma riqueza que a terra dá”, relatou a quebradeira de coco Maria Natividade Morais Santos, que veio do Quilombo São Miguel, município de Cajari, para visitar a comunidade Pifeiros em Amarante do Maranhão.
A quebradeira da Baixada Maria Natividade ficou curiosa com a produção local e, ao investigar, descobriu que as mulheres do Pifeiros não produzem farinha de mesocarpo. Diante desta descoberta, se propôs a ensinar como se retira o mesocarpo e quais procedimentos podem ser feitos para a produção da farinha.
Os jovens artesãos de Pifeiros também compartilharam seus conhecimentos com o grupo da Baixada. No segundo dia do encontro, eles demonstraram o passo a passo da produção do artesanato, desde o tratamento do olho do buriti para a retirada do abade até a finalização e acabamento das biojoias.
Cada participante produziu uma peça para si, uma lembrança do símbolo deste encontro. Acélio Santos, artesão de Pifeiros, disse que foi uma honra repassar seus conhecimentos. “A gente fica muito feliz em poder compartilhar o que a gente aprendeu com a Rosalva”. Ele se refere à artesã Rosalva Gomes, que capacitou as juventudes de Pifeiros no primeiro semestre do ano.
As juventudes da Baixada já deixou o recado: “nós também queremos receber a Rosalva na nossa comunidade”, enfatizou Ezequias Trindade Sousa, de Encruza Nova, município de Pedro do Rosário. Ele também é artesão, mas utiliza materiais reciclados de cobre para produzir peças decorativas.
Durante toda a atividade, as juventudes também puderam acompanhar o trabalho da comunicação e aprender sobre manuseio de equipamentos, além de orientações sobre fotografia e iluminação.
Esses momentos de trocas foram comemorados por todos os envolvidos. O intercâmbio de Mulheres Agroextrativistas pertence ao Projeto Floresta de Babaçu em Pé, sua realização se deve ao apoio do Fundo Amazônia por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Para Maria José, coordenadora executiva da Regional Imperatriz, “o incentivo e a continuidade de ações como essa são importantes para a integração cultural e o fortalecimento da identidade das quebradeiras de coco babaçu”.
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