A Rede busca fortalecer e ampliar ações em defesa dos direitos das quebradeiras de coco babaçu.
Derrubadas, queimadas, pulverização de veneno e a privatização dos babaçuais, são crimes ambientais e violações de direitos constantemente praticados pelo agronegócio nos territórios das quebradeiras de coco babaçu. Com o objetivo de fortalecer a luta das quebradeiras de coco e a defesa dos territórios tradicionais, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu-MIQCB lança a Rede de Defensoras, defensores, comunicadoras e Comunicadores dos Babaçuais.
A Rede é composta por jovens e mulheres dos Estados do Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí e busca potencializar e qualificar a atuação da juventude e das mulheres quebradeiras de coco babaçu na defesa dos seus territórios. O Encontro aconteceu nos dias 23 a 25 de outubro, na Federação dos Trabalhadores Rurais (FETAEMA), em São José de Ribamar/MA.
“Esse tipo de capacitação é importante para fortalecer a atuação do MIQCB nas bases, nos territórios e, assim, possamos garantir o bem viver das quebradeiras de coco babaçu nos territórios e comunidades tradicionais”, declarou Ednalva Ribeiro, vice coordenadora geral do MIQCB.
Nos três dias de capacitações mais de 70 pessoas participaram das atividades. A programação incluiu troca de experiências das mulheres quebradeiras e lideranças que fazem defesas dos seus territórios; diálogo com lideranças jovens que realizam a comunicação ancestral para defesa dos territórios, além de entender a comunicação popular como ferramenta de defesa dos babaçuais.
A professora da UEMA e membro da Nova Cartografia Social da Amazônia, Helciane de Fátima parabenizou o MIQCB por essa iniciativa.
Muito importante esse encontro porque mostra o crescimento do Movimento, essa preocupação que o MIQCB tem com a formação de jovens lideranças. Isso é importante e necessário, mas sem deixar de valorizar a contribuição das gerações mais experientes. O Miqcb está de parabéns na realização desse evento que possibilitou o diálogo entre essas duas gerações, no sentido de se fortalecer, de se atualizar e de caminhar para frente”, declarou.
A programação conta ainda com a contribuição de organizações: Instituto Zé Claudio e Maria do Espírito Santo (do Pará), da Nova Cartografia Social da Amazônia, do comunicador popular, Raimundo Quilombo (MA), jornalista Ana Mendes e coletivo do povo Akroá Gamella, coletivo Pyhan, além da troca de experiência com as coordenadoras e lideranças quebradeiras de coco babaçu.
Em termos práticos a Rede será composta por mulheres e jovens dos territórios de quebradeiras de coco babaçu, além de pesquisadores, jornalistas, formadores de opinião, agentes públicos, movimentos que atuem com as quebradeiras de coco babaçu. O público que irá compor a Rede receberá capacitações de comunicação e direitos humanos para que possam atuar de maneira qualificada em seus territórios, assim como orientar denúncias e violações de direitos humanos nas suas comunidades e dar visibilidade às boas práticas de organização comunitária.
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