Quebradeiras de coco babaçu que fazem parte da Cooperativa CIMQCB e do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu-MIQCB, participaram na quarta-feira (06/11) de oficina sobre Inovação e Tecnologias de Impacto Social na Cadeia de Valor do Babaçu, em São Luís-MA.
Organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cocais), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e MDA, o evento teve como objetivo mapear máquinas, ferramentas e equipamentos nas diferentes etapas produtivas do trabalho realizado por agricultoras/es familiares, povos e comunidades tradicionais em quatro cadeias produtivas da sociobiodiversidade da Amazônia Legal, dentre elas o babaçu.
No Maranhão, a Embrapa Cocais é responsável por coletar as informações referentes à cadeia de valor do babaçu. O resultado do estudo será organizado em um Catálogo Tecnológico, com informações referentes à identificação de máquinas, ferramentas e equipamentos existentes no mercado; ao mapeamento das máquinas, ferramentas e equipamentos em processo de desenvolvimento e com potencial de transferência de tecnologia; e também recomendações para orientar e direcionar o desenvolvimento de novas tecnologias para suprir as lacunas tecnológicas identificadas.
“Essa oficina está sendo importante porque, tanto nós quebradeiras de coco quanto representantes de outros movimentos sociais, estamos tendo a oportunidade de debater, não só tecnologias para o babaçu, mas estamos compartilhando nosso modo de vida e as ações que nos impactam. Falamos sobre nossas condições de vida nos territórios, acesso livre ao coco babaçu, crescimento das indústrias e empresas privadas na produção do babaçu, poder aquisitivo de compras desses equipamentos, juventude e produção”, declarou Maria da Glória Belfort, secretária executiva e diretora da CIMQCB.
Os participantes foram divididos em grupos de discussão sobre os seguintes temas: Coleta, transporte e armazenamento, Processamento (extração do mesocarpo), Processamento (quebra da amêndoa), Beneficiamento (azeite/óleo e alimentos) e Beneficiamento (artesanato, carvão e produtos de higiene).
Segundo a chefe-adjunta de transferência de tecnologia da Embrapa Cocais, Guilhermina Cayres, explica que “como Embrapa, nossa contribuição é apresentar soluções para questões tecnológicas, mas sabemos que não é suficiente. O babaçu é diferente de outras cadeias, por questões sociais e políticas, e é importante que seja assegurada, a essas comunidades, a segurança e a soberania tecnológica, para que não sejam excluídas da geração de novos ativos”.
Pela Cooperativa Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB), participaram da atividade as diretoras Raimunda Nonata, Maria da Glória, Anatália, as coordenações do MIQCB, Maria de Jesus (Mearim/Cocais), Maria de Sousa (Pará) e Girlane Belfort (Baixada Maranhense), bem com representantes da juventude do Miqcb, Antônio, Jamyres e a assessora da Cooperativa Flávia Azeredo.
Outras organizações também participaram das atividades, como: ASSEMA, COPALJ, COPAESP, AMTR, MST e FETAEMA.
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