O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) participou ativamente do I Seminário Nacional de Juventudes, Meio Ambiente e Justiça Climática, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente, que ocorreu em Brasília entre os dias 21 a 25 de novembro. O evento reuniu jovens de diversos estados, representando todos os biomas do país, para discutir e propor soluções sobre temas cruciais ligados à justiça climática e ao meio ambiente.
Discussões e Eixos Temáticos
Durante o evento, os participantes foram organizados em grupos para debater diretrizes, metas e objetivos em torno de eixos temáticos essenciais, como:
Racismo Ambiental
Terra e Território
Justiça Climática
Educação Ambiental
Comunicação e Governança
Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas
Proteção a Defensores de Direitos Humanos
Participação Popular e Direitos Humanos
A juventude rural, urbana, universitária e de movimentos sociais trouxe contribuições ricas e variadas. Temas como o avanço do agronegócio, o impacto da mineração, as queimadas, o desmatamento e os efeitos das mudanças climáticas nos territórios do Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia, Pampa e Pantanal foram destacados como grandes desafios para o Brasil.
Propostas e Deliberações
Como resultado das discussões, o Ministério do Meio Ambiente se comprometeu a consolidar os debates em um plano estratégico nacional. Além disso, foi elaborado o Manifesto das Juventudes de Todos os Biomas Brasileiros, que será apresentado na COP30, em Belém. Outro marco foi a criação de um fórum nacional de juventudes com representação estadual, reforçando a participação jovem nos processos decisórios. A juventude do MIQCB também apresentou o Manifesto das Juventudes de Povos e Comunidades Tradicionais.
Entre as reivindicações, os jovens solicitaram:
Maior inclusão no Conselho Nacional de Juventude.
Realização de um segundo seminário nacional em 2024.
Integração ativa na construção da participação brasileira na COP30.
O Papel Internacional e o Diálogo Lusófono
A conferência também abriu espaço para o diálogo internacional, com a presença de juventudes de países lusófonos como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Esses jovens compartilharam experiências de reciclagem, coleta seletiva e enfrentamento às mudanças climáticas em territórios africanos. Este foi o primeiro diálogo lusófono sobre o tema, com a previsão de um segundo encontro em Manaus, em 2025.
Juventudes e Resistência
O evento destacou ainda a importância das ações de resistência das juventudes contra os impactos socioambientais do avanço da fronteira agrícola, da verticalização e de empreendimentos que ameaçam comunidades tradicionais. Essas discussões foram um marco para a formulação de estratégias de proteção ambiental e direitos humanos.
Com representações nacionais e internacionais, a I Conferência Nacional de Juventudes, Meio Ambiente e Justiça Climática reforçou o papel das juventudes na construção de um futuro mais justo e sustentável, consolidando um espaço de voz e ação para enfrentar os desafios ambientais do Brasil e do mundo.
MIQCB
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