As quebradeiras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) foram convidadas para participarem da primeira Oficina de Saberes, que tem foco em resgatar conhecimentos ancestrais. A atividade foi desenvolvida pelo Comitê da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) e aconteceu no dia 16 de janeiro, no Território Indígena Sororó, na Aldeia Yetá.
O intuito é criar momentos práticos entre mulheres das comunidades da região para trocas de experiências e saberes originários. As participantes produziram xarope de cupim, que é utilizado para combater gripe e outras viroses que estão surgindo nesse período chuvoso nas comunidades.
A professora Vanalda Gomes, umas das idealizadoras da oficina conta que
“Fazer esses remédios caseiros já é uma prática cultural, mas a gente percebe que essa prática tem sido esquecida com as novas tecnologias do mundo moderno. Por isso esse momento é muito mais do que uma oficina, é o resgate das ervas de remédios naturais”, explicou a professora.
Desta vez as mulheres trabalharam com o processo de feitura do xarope, mas elas querem continuar com outros produtos, como pomadas, unguentos e garrafadas. “O bônus é poder integrar as mulheres aqui da nossa região para reviver saberes que elas trazem dos seus ancestrais”, reforçou Vanalda.
A coordenadora de base do MIQCB Regional Pará Maria de Souza participou da atividade e agradeceu a oportunidade. “Eu gostei muito de ver como as mulheres indígenas fazem o mel do cupim. Também tive a oportunidade de conhecer a aldeia. É muito bom poder compartilhar conhecimentos úteis a nossa vida”.
Maria ainda disse que já planeja compartilhar o que aprendeu em sua comunidade e convidar as mulheres das outras comunidades próximas. “É mais uma forma de cuidar das nossas crianças porque quando a gripe chega todo mundo pega”.
A continuidade do curso já é uma possibilidade, a parceria com o REPAM vem de longa data e muito valorizada pelas coordenadoras da Regional Pará. “Já nos encontramos em muitos espaços, seguimos em conjunto porque sabemos do valor que tem a construção coletiva”, como afirma a coordenadora executiva do MIQCB do Pará, Cledeneuza Bizerra.
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