Na 2ª reunião ordinária da Mesa de Diálogo entre o Governo do Piauí e o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), realizado nesta quarta-feira (30/04), em Teresina/PI, as vozes das comunidades tradicionais ecoaram. O MIQCB Regional Piauí, representando milhares de mulheres que dependem do extrativismo do babaçu, discutiu avanços concretos na proteção de seus territórios e na valorização de sua cultura.
Destaques da Atuação do MIQCB:
1. Modificações no Plano de Trabalho:
– O movimento propôs e garantiu a inclusão de eixos críticos, como o combate à grilagem de terras e o mapeamento detalhado das áreas de babaçuais, essenciais para proteger territórios ameaçados por conflitos fundiários.
“Sem delimitação geográfica clara, nossos direitos são ignorados. Queremos que o Estado reconheça oficialmente onde vivemos e trabalhamos”, afirmou Marinalda Rodrigues, coordenadora executiva do MIQCB-PI.
2. Pressão por participação da SEMARH na Mesa de Diálogo:
O MIQCB criticou a ausência de representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMARH), fundamental para frear o desmatamento que avança sobre os babaçuais. “Não há diálogo efetivo sem a SEMARH. O desmatamento está destruindo nossa fonte de vida”, destacou Klésia Lima, que representa do MIQCB Interestadual na Mesa.
3. Cultura como Resistência:
A criação da Comissão de Valorização Cultural, articulada pelo movimento, visa fortalecer práticas ancestrais ligadas ao babaçu. “Nossa cultura é a raiz da resistência. Queremos políticas que a protejam, não apenas discursos”, ressaltou Laura Gomes, da Cooperativa das Mulheres Quebradeiras (CIMQCB).
Conquistas e Desafios:
– O Regimento Interno da Mesa, já assinado, foi celebrado como uma vitória inicial. Agora temos regras claras para cobrar ações do poder público”, comemorou Helena Gomes, presidente da Associação de Mulheres Trabalhadoras do Coco Babaçu (AMTCOB)
Próximos Passos:
– As comissões terão reuniões em maio, e o MIQCB já sinalizou que monitorará de perto os resultados. “Não aceitaremos promessas vazias. O plano precisa sair do papel”, concluiu Marinalda Rodrigues.
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