Áreas de atuação

O projeto Floresta de Babaçu em Pé contempla mais de 60 mil km² ou 6 milhões de hectares, abrangendo 58 municípios dos estados do Maranhão, Tocantins e Pará. 

​​Maranhão

Açailândia, Amarante do Maranhão, Cidelândia, Imperatriz, João Lisboa, São Pedro da Água Branca, Senador La Rocque, Vila Nova dos Martírios, Cajari, Matinha, Monção, Olinda Nova do Maranhão, Pedro do Rosário, Penalva, Santa Helena, Viana, Itapecuru Mirim, São João Batista, Vitória do Mearim, Bacuri, São Bento, São Vicente Ferrer, Mirinzal, Monção, Bacabal, Lago da Pedra, Lago do Junco, São Luís (escritório central do MIQCB), Codó, Dom Pedro, Esperantinópolis, Lago dos Rodrigues, Lima Campos, Pedreiras, Peritoró, Santo Antônio dos Lopes, São José dos Basílios e São Luís Gonzaga do Maranhão

Tocantins

Ananás, Angico, Araguatins, Buriti do Tocantins, Esperantina, Riachinho, São Sebastião do Tocantins, Wanderlândia, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Carrasco Bonito, Sampaio, São Miguel do Tocantins e Sítio Novo do Tocantins.

Pará

São Domingos do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás, Palestina, São João do Araguaia e São Geraldo do Araguaia.

​A área abrangida pelo Projeto Floresta de Babaçu em Pé é estratégica por concentrar o histórico de lutas das quebradeiras de coco babaçu para manter a palmeira em pé. Possui forte mobilização social em torno da proteção dos babaçuais e direitos fundamentais e concentra concentra significativo contingente populacional em situação de extrema pobreza. 

A maioria dos municípios da área possui IDH muito baixo, em torno de 0,60, e PIB Per Capita de R$ 5.700,00 – todos muito abaixo da média nacional (R$ 15.989,77). Também abrigam grande população no meio rural, na maioria composta por agricultores familiares, assentados, povos e comunidades tradicionais, em especial quebradeiras, quilombolas e indígenas.

​O ambiente florestal dos babaçuais mesclado com cultivos diversificados dos agroextrativistas ou pastagens de pecuaristas configura grandes áreas com espécies florestais nativas. Em grande parte dessa área de mais de 60 mil km², a ocupação dos solos é prevalecida por concentrações urbanas, grandes latifúndios cobertos com pastagens e outras monoculturas, como arroz e soja, além de empreendimentos de grande impacto ambiental, como a mineração. 

Portanto, é uma região dependente dos serviços ecossistêmicos oferecidos pelos babaçuais, em especial a proteção de nascentes e áreas de recarga de aquíferos, estoques de carbono e regulação do clima, biodiversidade, refúgio de fauna silvestre e conservação de solos. A região apresenta zonas de alta densidade de palmeiras, com populações superiores a 200 palmeiras por hectare, responsável por 30% de toda a produção nacional da amêndoa do babaçu. 

 Segundo o Censo Agropecuário de 2006, segunda apuração (versão de 2012), a amêndoa do babaçu é o segundo produto da sociobiodiversidade mais vendido no Brasil, com cerca de 148.000 ton. por ano. Isso representa um resultado econômico de R$ 98,6 milhões movimentados anualmente na economia local.