Avanço histórico para a inclusão educacional no Piauí: UFPI institui Política de Inclusão com participação das quebradeiras de coco babaçu

Na tarde de ontem (24), o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Regional Piauí, esteve presente na Reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI) para dialogar sobre a minuta da Resolução que institui a Política de Inclusão de Estudantes Indígenas, Quilombolas e Quebradeiras de Coco Babaçu nos cursos de graduação da instituição

A minuta da Resolução prevê a reserva de vagas para esses grupos sociais, por meio de um Processo Seletivo Específico e Diferenciado (PSED), além de medidas de permanência estudantil, como acesso à moradia universitária, programas de assistência estudantil e acompanhamento pedagógico, acadêmico e psicossocial. A proposta também cria um Colegiado Especial de Política de Inclusão, com participação direta das comunidades representadas, incluindo as quebradeiras de coco.

Para Marinalda Rodrigues, coordenadora executiva do MIQCB Regional Piauí, a medida representa uma conquista fundamental:

“Este é um passo importante para garantir que as filhas e filhos das quebradeiras de coco tenham acesso à universidade, fortalecendo nossa luta por educação e direitos.”

O compromisso institucional foi reforçado pelo vice-reitor da UFPI, Edmilson Miranda de Moura:

“A UFPI reafirma seu compromisso com a diversidade e com a democratização do acesso ao ensino superior.”

Na mesma linha, a pró-reitora de ensino de graduação, Gardênia Pinheiro, destacou os esforços para garantir equidade no processo:

“Estamos empenhados em estruturar um processo seletivo inclusivo e que respeite as especificidades das comunidades.”

Já a professora Carmen Lucia, do curso de Antropologia da UFPI, ressaltou a importância do encontro de saberes:

“A presença das quebradeiras de coco na universidade contribui para o diálogo de saberes e o reconhecimento da importância de seus territórios e modos de vida.”

Com essa iniciativa, a UFPI se soma às universidades brasileiras que têm avançado na consolidação de políticas afirmativas e inclusivas, alinhando-se aos princípios da Convenção 169 da OIT e às legislações nacionais sobre ações afirmativas

Trata-se de mais um marco histórico na luta das quebradeiras de coco babaçu, que veem agora na educação superior um espaço de reconhecimento, resistência e ampliação de direitos.

MIQCB celebra regulamentação da Comissão de Monitoramento da Lei do Babaçu Livre no Piauí

Na manhã de ontem (24), o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), regional Piauí, realizou no Auditório do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Teresina, um ato público para celebrar a regulamentação da Comissão de Monitoramento da Lei do Babaçu Livre (Lei nº 7.888/2022).

A data coincidiu com o Dia Estadual da Quebradeira de Coco Babaçu, instituído pela Lei 6.669/15, de autoria do deputado Limma, fortalecendo ainda mais o simbolismo do encontro.

O Decreto nº 23.534, de 20 de janeiro de 2025, oficializou a criação da Comissão, composta por representantes do poder público, sociedade civil e movimentos sociais, entre eles o MIQCB-Piauí. A iniciativa garante espaço institucional para que as quebradeiras de coco babaçu participem diretamente da formulação e acompanhamento de políticas públicas voltadas à preservação dos babaçuais e à defesa de seus direitos.

A Comissão terá como missão central monitorar as demandas dos territórios, propor medidas de proteção ambiental, assegurar a preservação dos babaçuais e elaborar relatórios anuais sobre a efetividade da Lei.

Para Marinalda Rodrigues, coordenadora executiva do MIQCB Regional Piauí, a conquista representa um marco histórico:

“Esse é um passo histórico para nós, quebradeiras de coco babaçu. Estar dentro dessa Comissão significa ter nossas vozes reconhecidas nas decisões que afetam diretamente a nossa vida, o nosso território e a preservação dos babaçuais. Seguiremos firmes na defesa do Babaçu Livre, unindo tradição, resistência e futuro.”

A importância da Comissão também foi destacada pela secretária de Relações Sociais do Estado do Piauí, Núbia Lopes, que ressaltou o caráter democrático da medida:

“O Governo do Estado reconhece que as quebradeiras de coco são protagonistas na preservação do meio ambiente e na economia solidária. A presença delas nessa Comissão assegura que as políticas públicas sejam construídas com participação popular e legitimidade social.”

Helena Gomes, presidente da Associação de Mulheres Trabalhadoras do Coco Babaçu e integrante do Comitê Gestor da Lei Babaçu Livre, reforçou o papel das mulheres quebradeiras na continuidade dessa luta:

“A Comissão de Monitoramento é uma vitória coletiva. Representa o resultado de anos de mobilização e resistência das mulheres quebradeiras. Seguiremos firmes para garantir que a Lei do Babaçu Livre seja cumprida em sua totalidade e que os babaçuais continuem sendo fonte de vida e dignidade para nossas comunidades.”

O ato reuniu lideranças, autoridades, representantes de movimentos sociais e comunidades tradicionais, consolidando mais um avanço na luta pelo reconhecimento e pela valorização das quebradeiras de coco babaçu no estado do Piauí.

Cirandas de Quebra de Coco Babaçu fortalecem luta e cultura das quebradeiras no Piauí

Entre os dias 17 e 20 de setembro, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), regional Piauí, realizou as Cirandas de Quebra de Coco Babaçu em alusão ao mês da quebradeira de coco babaçu. A programação percorreu os territórios de Jatobá/Joca Marques, Vieira/Esperantina, Chapada da Sindá/São João do Arraial e Barroca/Morro do Chapéu, reunindo mulheres de mais de 20 territórios e registrando cerca de 113,5 quilos de coco quebrado.

Foram quatro dias de intensa mobilização, com atividades que promoveram troca de saberes, fortalecimento comunitário e valorização da luta das quebradeiras. Estima-se que cerca de 180 mulheres participaram, envolvendo também juventudes e comunidades locais.

Segundo Marinalda Rodrigues, coordenadora executiva do MIQCB regional Piauí, o momento representou muito mais que um encontro:
“Foram dias intensos de atividades, com muita troca de saberes e fortalecimento do nosso território. Tivemos palestras com psicólogos, em alusão ao Setembro Amarelo, oficinas de comunicação popular, cantos com as nossas encantadeiras, emissão do CAF e rodas de conversa sobre a Lei Babaçu Livre. Cada ciranda foi um espaço de escuta, de partilha e de fortalecimento da nossa luta. Encerramos esse ciclo com alegria e esperança, reafirmando o nosso compromisso de seguir unidas na defesa do Babaçu Livre, do nosso território e da vida das quebradeiras de coco babaçu.”

O evento também contou com a presença de profissionais da saúde, que levaram orientações importantes às comunidades. O psicólogo Eduardo Cavalcanti, da equipe multidisciplinar de São João do Arraial, destacou a relevância do trabalho integrado:
“É um movimento muito importante porque tá incentivando a cultura, incentivando o extrativismo e nós temos esse público-alvo de mulheres trabalhadoras que precisam também ter essas orientações sobre a saúde mental. Então eu tive o momento aqui de ter uma fala sobre o Setembro Amarelo, sobre valorização da vida e também sobre a questão de identificar o adoecimento mental, de promover a saúde mental para esse público-alvo. A gente vai alinhar ações também para esse mês de outubro, que é o mês do Outubro Rosa, vamos trazer a saúde do município para cá com ações voltadas para fisioterapia, para nutrição e eu também atuando como psicólogo aqui nessa comunidade.”

O poder público também marcou presença e reforçou o apoio às quebradeiras. A prefeita de Joca Marques, Fabianna Franco, ressaltou o papel histórico e cultural das mulheres que vivem do babaçu:
“Nós estamos muito felizes de poder participar hoje da nossa ciranda das quebradeiras. É uma valorização das quebradeiras de coco. Fico feliz em ver o espaço delas a cada dia mais crescendo. E aqui no nosso município de Joca Marques, não é diferente. Elas vêm ganhando espaço, elas vêm sendo valorizadas por essa luta que elas vêm lutando há muitos anos. Ficamos felizes pela dona Domingas, que mora aqui no município de Joca Marques e vem fazendo com que essa cultura permaneça viva até nos dias de hoje. Eu, como gestora do município, estou aqui para poder abraçar e apoiar tudo o que for preciso para as quebradeiras de coco babaçu.”

As Cirandas de Quebra de Coco Babaçu reafirmaram a importância da organização coletiva das mulheres, da preservação da cultura tradicional e da luta pelo direito ao uso livre do babaçu. Foram dias de partilha, resistência e esperança, que reforçaram o papel das quebradeiras como guardiãs da floresta e protagonistas na defesa da vida e do território.

Quebradeiras de coco lançam site de compras no Mês das Quebradeiras em São Luís

Em um gesto que une tradição e inovação, a Cooperativa Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB) lançou, no último dia 4 de setembro, às 10h, seu site de compras online — um marco histórico para a comercialização dos produtos do babaçu. O evento aconteceu na Casa da Palmeira de Babaçu Dada e Dijé, sede da loja física, no coração do Centro Histórico de São Luís (MA), e foi marcado por degustações, cantorias e muita animação das quebradeiras.

A iniciativa chega em meio ao Mês das Quebradeiras, fortalecendo a luta e a visibilidade das mulheres que, há décadas, transformam resistência em geração de renda, preservação ambiental e cultura viva. Fundada em 2009, a CIMQCB reúne hoje 38 grupos produtivos, com 167 cooperadas diretamente associadas e mais de 250 mulheres beneficiadas, que atuam no extrativismo e no beneficiamento do coco babaçu.

Um canal direto com o Brasil

O novo site de vendas — maepalmeira.com.br — permitirá que consumidores de todo o país adquiram alimentos, cosméticos e artesanatos diretamente das quebradeiras, ampliando o mercado e garantindo que a renda chegue a quem produz.

“Lançar a loja virtual no Mês das Quebradeiras é motivo de muita alegria para nós. É um dia especial, porque quem compra nossos produtos não leva apenas um alimento ou um artesanato, leva também a nossa história e identidade. Cada compra fortalece a luta pelo território, pelo Babaçu Livre e contribui para a preservação dos babaçuais. Com essa conquista, vamos levar nossa cultura e nossa resistência para todo o Brasil”, destacou Helena Gomes, presidente da cooperativa”, destacou Helena Gomes, presidente da cooperativa.

Entre os destaques alimentícios do catálogo estão o azeite tradicional, o óleo a frio de babaçu, a farinha de mesocarpo e os biscoitos artesanais. Na linha de cosméticos, sobressaem os sabonetes e sabões artesanais. Já no artesanato, chamam atenção as biojoias (colares, brincos, pulseiras) e peças em palha e coco, como cestas, abanos e estojos.

“É uma felicidade muito grande para todas nós. Quero dizer que o sucesso da loja serão as quebradeiras de coco que fazem parte dos grupos produtivos do Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí. São elas que produzem os alimentos, cosméticos e artesanatos que chegam agora ao mercado virtual, além das feiras e das lojas físicas”, ressaltou Rosa Gregória, diretora da Regional Baixada.

Todos os produtos seguem princípios da produção agroecológica e sustentável, sem conservantes ou agrotóxicos, reforçando o compromisso da cooperativa com a saúde, o meio ambiente e a valorização dos territórios tradicionais.

Fundo Babaçu: conquista histórica

O site é fruto de um projeto apoiado pelo Fundo Babaçu, mecanismo criado em 2012 a partir da luta histórica do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), com aporte financeiro do Fundo Amazônia/BNDES.

“A loja virtual é fruto de um projeto aprovado pelo Fundo Babaçu. Um instrumento importantíssimo que visa fortalecer as organizações e iniciativas socioambientais com apoio financeiro não reembolsável. Esse é mais um exemplo de como o Fundo impulsiona nossas conquistas coletivas”, explicou Marinalda Rodrigues, coordenadora executiva Regional Piauí e coordenadora do Fundo Babaçu.

Durante o lançamento, a coordenadora do MIQCB, Maria Alaídes, reforçou que a CIMQCB nasceu da luta organizada das quebradeiras:

“A CIMQCB é fruto da luta do MIQCB. Nosso papel no eixo produtivo é preservar a sociobiodiversidade, produzir com qualidade e manter a natureza em pé. As quebradeiras de coco são protagonistas nesse processo”, destacou.

Sobre a CIMQCB

A Cooperativa Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB) foi criada em 2009, fruto da luta do MIQCB. Hoje conta com 38 grupos produtivos distribuídos no Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará. Sua atuação beneficia diretamente mais de 250 mulheres que vivem do extrativismo sustentável do babaçu. A cooperativa possui sede em São Luís (MA) e filiais em Esperantina (PI), Imperatriz, Viana e Pedreiras (MA), São Miguel (TO) e São Domingos do Araguaia (PA).

Quebradeiras de coco do MIQCB fortalecem a 16ª Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão

“Retomar territórios para tecer o bem viver” foi a chama que uniu cerca de 2 mil pessoas — indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, ribeirinhos, pescadores, camponeses, outros povos e comunidades tradicionais e aliados — no 16º Encontrão da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão. O evento aconteceu de 20 a 24 de agosto, na Terra Indígena Taquaritiua, do povo Akroá Gamella, em Viana (MA).

O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) marcou presença com caravanas das três regionais do Maranhão — Baixada Maranhense, Mearim/Cocais e Imperatriz — que se somaram às demais comunidades para reafirmar a luta pela retomada dos territórios e pelo direito ao bem viver.

O MIQCB teve a honra de abrir a programação do terceiro dia da Teia com uma mística marcada por cânticos, danças e a espiritualidade que move o movimento. As quebradeiras também participaram ativamente da condução dos trabalhos na Casa Redonda, das rodas de conversa com as juventudes, do espaço das cantorias, da cozinha coletiva e das visitas às aldeias.

Vitória Balbina, quebradeira de coco e indígena, coordenadora executiva do MIQCB Regional Baixada disse que“receber a Teia no nosso território tem um significado muito grande. Este é um território indígena e de quebradeiras de coco, fruto de retomada e resistência, porque somos indígenas e quebradeiras. A importância está em acolher esse povo com alegria e coragem, principalmente neste território que é fruto de retomada e de resistência como o nosso. Para nós, território é saúde, é força, é resistência”, contou Vitória.

“Aqui partilhamos sementes, saberes, alimentos sem veneno, sonhos coletivos e espiritualidade. Assim como a aranha tece sua teia, nós tecemos uma força que une indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco, pescadores e camponeses. Estamos muito felizes em receber tantas pessoas nesse espaço de luta, esperança e bem viver.”, concluiu, a coordenadora.

Nas vivências do território, as caravanas do MIQCB visitaram dez aldeias. Na Nova Vila, as quebradeiras receberam os visitantes com mingau de mesocarpo, bolos e biscoitos preparados a partir do babaçu, mostrando a diversidade de produtos e a importância da unidade comunitária de beneficiamento. Durante a programação, as famílias da aldeia contaram como foi o processo de luta e resistência do povo akroá gamela e como as quebradeiras de coco resistem no território.

Para Áurea Maria, coordenadora de base do MIQCB Regional Mearim/Cocais, a presença das quebradeiras reafirma o papel central das mulheres na luta por territórios livres:

,“Nossas mãos que quebram o coco também alimentam a resistência. Cada produto do babaçu carrega a nossa ancestralidade e o nosso direito de viver da floresta em pé. Estar aqui na Teia é renovar a certeza de que a luta é coletiva e de que só avançamos quando caminhamos juntas. A Teia é um espaço de partilha — partilha das lutas e também da realização do próprio encontro, que envolve desde a programação até o apoio durante o evento: na cozinha, na limpeza e nas discussões das plenárias. Tudo aqui é coletivo, tudo aqui é resistência”, frisou.

Juventude e continuidade da luta

Um dos momentos mais marcantes foi o diálogo com as juventudes, em que as quebradeiras do MIQCB conduziram reflexões sobre a continuidade da luta e a importância da formação das novas gerações.

Maria José, coordenadora executiva do MIQCB Regional Imperatriz e Secretária de Juventude do Movimento destacou a importância de espaços como a TEIA para fortalecer a luta.

“Estar hoje no espaço da Teia é para mim um motivo de muita alegria, porque a Teia é um espaço de luta e de resistência. Aqui, todos os movimentos — inclusive o MIQCB, presente com três regionais — se unem para lutar pela terra, pelos territórios e pela palmeira de babaçu em pé, que é a nossa luta diária. Quero destacar também a participação da juventude nesta Teia. Temos uma quantidade expressiva de jovens, especialmente do MIQCB, que estão contribuindo com a organização e com a programação. Eles estão se fortalecendo para dar continuidade à luta em seus territórios”, declarou.

Durante os cinco dias de programação, o MIQCB participou da coleta de assinaturas para a minuta da Lei Babaçu Livre do município de Viana e para a Lei Estadual contra a pulverização aérea de agrotóxicos, fortalecendo a luta jurídica e política em defesa da vida.

As quebradeiras também tiveram participação ativa nas falas coletivas da “fila do povo”, reafirmando a resistência diante das ameaças dos grandes projetos de mineração, portos e agronegócio.

A participação das quebradeiras de coco na 16ª Teia reafirmou o compromisso histórico do MIQCB com a defesa dos territórios e a preservação dos modos de vida tradicionais. Mais do que presença, as caravanas das três regionais levaram consigo o espírito de resistência, solidariedade e esperança — fios indispensáveis para o tecer coletivo da Teia.

Carta do 16º Encontrão

O encerramento da Teia foi marcado pela leitura da Carta do 16º Encontrão, que reafirma a retomada dos territórios como base para o bem viver, denuncia os ataques sofridos pelos povos e aponta estratégias de enfrentamento e de fortalecimento das lutas conjuntas.

O documento destaca o simbolismo do encontro no território Akroá Gamella, palco do massacre de 2017, e reforça que a retomada é resposta à exclusão, às leis colonizadoras e às ameaças do capital, do agronegócio, da mineração, dos grandes empreendimentos e das invasões religiosas.

A Carta aponta que a retomada significa também fortalecer os laços coletivos e apresenta três objetivos centrais:

  • Autonomia na educação, com projetos próprios e valorização de professores indígenas e quilombolas;
  • Combate à violência contra as mulheres, com reconhecimento e enfrentamento coletivo;
  • Valorização dos saberes ancestrais, garantindo que sejam transmitidos às novas gerações.

Os povos denunciam ainda o projeto Grão Pará Maranhão (porto em Alcântara e ferrovia até Açailândia), que ameaça seus territórios, e exigem consulta prévia conforme a Convenção 169 da OIT.

A Carta encerra afirmando que, apesar dos ataques, a união na Teia fortalece a resistência e já projeta o próximo encontro em 2026, no Quilombo Tanque da Rodagem, celebrando os 15 anos da articulação.

Leia a Carta aqui:

Quebradeiras de coco do MIQCB Regional Pará marcam presença em seminário sobre mudanças climáticas em Marabá (PA)

Nos dias 30 e 31 de agosto, representantes do MIQCB Regional Pará participaram do Seminário da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) da Diocese de Marabá/PA, realizado na Chácara do Bispo. O encontro reuniu mais de 110 participantes, entre povos indígenas, quebradeiras de coco babaçu, agentes pastorais, universidades e organizações sociais, para refletir sobre os impactos das mudanças climáticas na região sudeste do Pará e ouvir as comunidades diretamente afetadas.

A delegação do MIQCB contou com a participação da coordenadora executiva da Regional Cledeneuza Bizerra, acompanhada de Iracema Vieira, Antonia Santos e Leni Alves. A presença reafirmou o papel das quebradeiras de coco nos debates sobre o futuro da Amazônia e o compromisso do movimento em fortalecer a luta por justiça climática e defesa dos babaçuais.

Para a coordenadora regional, a participação no seminário foi uma oportunidade de colocar em evidência a realidade das comunidades tradicionais:

“Estar nesse espaço significa mostrar que as quebradeiras de coco babaçu são guardiãs dos territórios e do clima. Nós vivemos na pele os efeitos da crise climática e sabemos que defender os babaçuais é defender a vida. Nossa presença aqui reforça que não se pode discutir a Amazônia sem ouvir quem dela cuida todos os dias”, destacou Cledeuza Bizerra.

O seminário teve como objetivo promover uma leitura conjuntural da realidade local, refletindo sobre os impactos das mudanças climáticas e fortalecer a articulação da REPAM em nível diocesano, como preparação para a COP30, que acontecerá em Belém (PA) em 2025.

A atividade foi coordenada pela REPAM Marabá e CTP, com a presença da REPAM-Brasil, representada por Arlete Gomes e Joana Menezes. Para Arlete, o encontro apontou caminhos de unidade:

“Foi um encontro de muita esperança. As lideranças ressaltaram a importância da REPAM como um sinal de unidade e força em defesa da vida e da Amazônia. A COP30 deve ser vivida desde os territórios, e essa escuta é fundamental para que nossas comunidades sejam protagonistas”, afirmou Arlete Gomes, da REPAM-Brasil.

Entre os encaminhamentos, a Diocese de Marabá assumiu o compromisso de ampliar a metodologia da REPAM, baseada na escuta e na ecologia integral inspirada pela Laudato Si’, fortalecendo a participação das comunidades locais.

O seminário foi marcado por momentos de partilha, escuta e sistematização de propostas, além da apresentação de projetos de estudantes locais voltados ao cuidado com a Casa Comum. A experiência sinaliza novos passos para a articulação REPAM-diocesana, fortalecendo alianças em defesa da Amazônia e da vida das comunidades que nela habitam.

Quebradeiras de coco lançam site de compras no Mês das Quebradeiras em São Luís

Em um gesto que une tradição e inovação, a Cooperativa Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB) lança, no próximo dia 4 de setembro, às 10h, seu site de compras online — um marco histórico para a comercialização dos produtos do babaçu. O evento será realizado na Casa da Palmeira de Babaçu Dada e Dijé, onde funciona a loja física, no coração do Centro Histórico de São Luís (MA), na Rua da Palma, nº 489, próximo ao Convento das Mercês.

A iniciativa chega em meio ao Mês das Quebradeiras, fortalecendo a luta e a visibilidade das mulheres que, há décadas, transformam resistência em geração de renda, preservação ambiental e cultura viva. Fundada em 2009, a CIMQCB reúne hoje 38 grupos produtivos, com 167 cooperadas diretamente associadas e mais de 250 mulheres beneficiadas, que atuam no extrativismo e no beneficiamento do coco babaçu.

Um canal direto com os consumidores

O novo site de vendas — maepalmeira.com.br — permitirá que consumidores de todo o Brasil adquiram alimentos, cosméticos e artesanatos diretamente das quebradeiras, ampliando o mercado e garantindo que a renda chegue a quem produz.

Entre os destaques alimentícios estão azeite tradicional, óleo a frio de babaçu, farinha de mesocarpo e biscoitos. Na linha de cosméticos, os sabonetes e sabões artesanais chamam atenção. Já no artesanato, brilham as biojoias (colares, brincos, pulseiras) e peças em palha e coco, como cestas, abanos, porta-canetas e estojos.

Todos os produtos seguem princípios da produção agroecológica e sustentável, sem conservantes ou agrotóxicos, reforçando o compromisso da cooperativa com a saúde, o meio ambiente e a valorização dos territórios tradicionais.

O lançamento contará com degustação de produtos do babaçu e com a presença de quebradeiras de diferentes regionais, que irão compartilhar suas histórias de vida e de luta.

Fundo Babaçu: conquista histórica do MIQCB

O site é fruto de um projeto apoiado pelo Fundo Babaçu, mecanismo criado em 2012 a partir da luta histórica do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB). Essa conquista recebe aporte financeiro do Fundo Amazônia/BNDES e já se consolidou como um marco no fortalecimento das quebradeiras e de seus territórios. Ao longo de sua trajetória, o Fundo Babaçu já movimentou mais de R$ 10 milhões, lançou 10 editais e apoiou cerca de 100 projetos, beneficiando milhares de famílias com iniciativas voltadas à geração de renda, proteção ambiental e ao fortalecimento da organização comunitária.

Sobre a CIMQCB

A Cooperativa Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB) foi criada em 2009, fruto da luta do MIQCB. Hoje conta com 38 grupos produtivos distribuídos no Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará. Sua atuação beneficia diretamente mais de 250 mulheres que vivem do extrativismo sustentável do babaçu. A cooperativa possui sede em São Luís (MA) e filiais em Esperantina (PI), Imperatriz, Viana e Pedreiras (MA), São Miguel (TO) e São Domingos do Araguaia (PA).

Juventudes do MIQCB marcam presença no Encontro Norte-Nordeste da Rede de Confluência Periférica em São Luís

Entre os dias 29 e 31 de agosto, São Luís (MA) foi recebeu o Encontro Norte-Nordeste da Rede de Confluência Periférica, promovido pelo PerifaConnection. A atividade reuniu jovens lideranças, ativistas e coletivos de diferentes regiões do país para debater cultura, política e clima a partir da perspectiva das periferias brasileiras.

O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) teve participação destacada, levando sua juventude e coordenação para somar reflexões sobre resistência, memória e futuro dos territórios.

A programação percorreu territórios de grande relevância histórica e cultural para o povo negro e periférico da capital maranhense: o Quilombo Urbano Liberdade (maior quilombo urbano do Brasil), o Coroadinho (8ª maior favela do país), o Centro Histórico de São Luís, além de espaços simbólicos como a Casa das Pretas, o Boi de Leonardo, o Novo Quilombo e a Casa do Tambor de Crioula.

Esses espaços de memória e resistência foram também palco para que as juventudes, principalmente as do MIQCB, compartilhassem suas experiências.

“Esses três dias de encontro com a juventude da Rede Perifa Connection foram extremamente significativos e inspiradores para mim. Ver que existem outros jovens comprometidos com a luta e com os mesmos ideais me proporcionou uma renovada energia e motivação para continuar. A oportunidade de ouvir os relatos e conhecer cada participante foi fundamental para mim”, relatou Guilherme Araújo, jovem do MIQCB.

Vozes e conexões da juventude

O encontro foi construído e organizado pela própria juventude, demonstrando a potência de uma geração que se coloca no centro das decisões políticas e culturais.

“Conhecemos outros jovens negros, que reconhecem seu espaço. Todo o evento foi organizado por jovens, mostrando seu potencial e sua capacidade. Estar no Quilombo da Liberdade, conhecer e ouvir as manifestações culturais foi muito impactante pra mim. Ver mulheres e jovens no Boi Leonardo, sentir essa união, foi uma experiência enriquecedora e muito importante”, destacou Jerônima Morais, jovem quebradeira de coco babaçu do território Camaputiua, em Cajari (MA).

Para o MIQCB, a presença nesse espaço reafirma o protagonismo da juventude no movimento.

“Enquanto secretária de juventude, posso dizer que participar do encontro foi muito fortalecedor. Estar com jovens de diferentes estados, todos lutando pelo mesmo objetivo de garantir políticas públicas em seus territórios, nos inspira e nos une ainda mais. Esse momento foi fundamental para a construção e o fortalecimento de reivindicações que são essenciais para as periferias onde esses jovens vivem”, frisou Maria José, coordenadora Executiva do Miqcb Regional Imperatriz e Secretária de Juventude do Movimento.

Tivemos trocas muito ricas, especialmente quando os mais velhos compartilharam suas histórias com os mais novos, passando adiante uma cultura que é exercida e preservada nos territórios. Foi também um espaço de reafirmação das lutas por direitos, sobretudo no que diz respeito à diversidade. No geral, foi uma experiência muito marcante e transformadora”, Concluiu, Maria José.

As falas e vivências no encontro mostraram que as juventudes não apenas ocupam espaços, mas também constroem agendas coletivas para o futuro.

“Ver as juventudes do MIQCB ocupando rodas de conversas, GT de trabalhos, debates em territórios como o do Quilombo Liberdade é muito simbólico. É a demonstração de que nossos jovens têm voz e força. Esse encontro deixa uma certeza: estamos tecendo alianças poderosas entre periferias e territórios tradicionais, construindo uma agenda de juventude que debate o Bem Viver a partir de seus territórios. Estar no encontro do Perifa nos possibilitou reenergizar e ver a diversidade de juventudes que estão a frente dos debates sobre clima, racismo ambiental e justiça climática., ressaltou Carla Pinheiro, assessora de juventude do MIQCB.

Com sua participação ativa, o MIQCB reforçou a centralidade das quebradeiras de coco babaçu na luta por justiça social, preservação dos territórios e fortalecimento da juventude. A experiência em São Luís representou um marco de confluência entre movimentos populares, reafirmando que a defesa do meio ambiente, do clima e da cultura caminha lado a lado com a resistência das periferias brasileiras.

MIQCB tem participação destacada no VII Encontro Tocantinense de Agroecologia e XIV Encontro de Camponeses e Camponesas em Barra do Ouro (TO)

Entre os dias 27 e 30 de agosto de 2025, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) marcou presença no VII Encontro Tocantinense de Agroecologia e no XIV Encontro de Camponeses e Camponesas, realizado no município de Barra do Ouro (TO). O evento reuniu mais de 300 participantes, entre povos indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco, agricultores familiares, juventudes, pesquisadores e organizações parceiras.

O MIQCB esteve representado por uma comitiva de 25 pessoas, incluindo juventudes, lideranças regionais e equipe técnica. Estiveram presentes a coordenadora de base regional Tocantins, dona Francisca Vieira, a assessora regional Elizete Araújo, os assessores jurídicos Cristian Ribas e Mariana de Brito e a auxiliar administrativa Tayanra Lima.

O movimento participou de momentos centrais da programação:

  • Mesa de abertura do encontro, ao lado de organizações parceiras da Articulação Camponesa.
  • Oficina de racismo ambiental, conduzida por Elizete Araújo (assessoria regional) e Cristian (assessoria jurídica do MIQCB).
  • Oficina sobre protocolo de consulta prévia e informada, realizada pela assessoria jurídica do movimento (Cristian e Mariana).
  • Oficina prática sobre o mesocarpo, ministrada pela coordenadora Francisca (MIQCB) e Rosalva (CIMQCB), ensinando o passo a passo para retirar a massa do coco babaçu.

Além disso, integrantes do MIQCB se envolveram nos debates sobre agrotóxicos, conflitos no campo, mercado de carbono, educação do campo e preservação dos babaçuais.

Falas do MIQCB

Durante a atividade, lideranças do MIQCB destacaram a importância da participação das quebradeiras de coco neste espaço coletivo:

Dona Francisca, coordenadora de base regional Tocantins:
“Esse encontro é um espaço de união e resistência. Nós, quebradeiras de coco, trazemos o conhecimento do babaçu, que é vida, alimento e renda para nossas famílias. Estar aqui em Barra do Ouro fortalece nossa luta pela preservação dos babaçuais e pela garantia dos nossos direitos.”

Elizete Araújo, assessora regional:
“Discutir o racismo ambiental é fundamental, porque somos nós, povos e comunidades tradicionais, que sentimos diretamente os impactos da destruição da natureza e da negação de direitos. O MIQCB reafirma que a luta contra o racismo ambiental passa também pela defesa do babaçu livre e dos territórios.”

Mariana, assessora jurídica do MIQCB:
“O protocolo de consulta prévia e informada é um instrumento de proteção dos nossos povos. Ele garante que nenhuma decisão que afete as comunidades seja tomada sem ouvi-las. É um direito conquistado e que precisa ser respeitado pelos governos e empresas.”

Carta Política dos Povos

O encontro aprovou a Carta Política da ATA 2025, documento que denuncia as violações contra povos e comunidades do Tocantins e reafirma compromissos coletivos em defesa da agroecologia, da regularização fundiária, da proteção dos babaçuais e do fortalecimento das lutas sociais.

Clique aqui para acessar a íntegra da Carta Política:

A participação do MIQCB reafirmou o protagonismo das quebradeiras de coco nas discussões sobre clima, agroecologia e defesa dos territórios. Ao levar sua experiência e sua voz para o centro dos debates, o movimento reforçou que sem babaçu livre, não há agroecologia nem futuro para as comunidades tradicionais.

Fundo Babaçu participa da Pré-COP da Rede de Fundos Comunitários da Amazônia e encerra encontro com carta política para a COP30

Entre os dias 27 e 29 de agosto, a Rede de Fundos Comunitários da Amazônia realizou sua Pré-COP, encontro preparatório rumo à COP30, que acontecerá em Belém do Pará. A atividade reuniu lideranças indígenas, quilombolas, extrativistas e organizações parceiras em três dias de debates, apontando estratégias conjuntas para ampliar o impacto dos fundos comunitários e fortalecer a incidência política em defesa da Amazônia.

O Fundo Babaçu, fruto da luta histórica do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), teve participação destacada nos diálogos, reforçando a centralidade das mulheres quebradeiras de coco na preservação ambiental e na defesa dos territórios tradicionais.

Debates sobre alianças e incidência:

No primeiro painel, os fundos discutiram como ampliar seu impacto por meio de alianças com a sociedade civil. A tônica foi a cooperação e a reivindicação de financiamento direto para as comunidades mais afetadas pelas mudanças climáticas.

Já a segunda mesa temática abordou estratégias para fortalecer a presença de povos e comunidades tradicionais na COP30, garantindo que suas vozes sejam ouvidas nos espaços nacionais e internacionais.

Maria José, coordenadora executiva do MIQCB – Regional Imperatriz, destacou a importância de manter a palmeira de coco babaçu em pé e ressaltou que a presença na COP é fundamental para que essas reivindicações sejam atendidas:

“Precisamos nos unir enquanto rede para fazer incidência nos espaços da COP. É uma oportunidade para mostrar que todos nós — indígenas, quilombolas, quebradeiras e comunidades tradicionais — precisamos do meio ambiente. Isso precisa ser ouvido. Reforço ainda o papel da mulher nessas incidências, porque a mulher pode e deve estar onde ela quiser.”

Durante a programação, cada fundo membro da Rede apresentou sua trajetória, destacando a relevância de fortalecer a gestão comunitária de recursos e a articulação em rede. Compõem a Rede de Fundos Comunitários da Amazônia: Fundo Babaçu, Fundo Luzia Dorothy do Espírito Santo, Fundo Indígena do Rio Negro, Fundo Podáali – Indígena da Amazônia Brasileira, Fundo Timbira, Fundo Rutî, Fundo Dema, Fundo Puxirum e Fundo Mizzi Dudu.

O momento mais simbólico da Pré-COP ocorreu no encerramento, com a leitura da Declaração Política da Rede de Fundos Comunitários da Amazônia, documento que será levado à COP30. A carta reivindica:

  • Financiamento direto aos fundos comunitários (mínimo de 1 bilhão de dólares anuais);
  • Proteção territorial com demarcação de terras indígenas, quilombolas e extrativistas;
  • Valorização de saberes tradicionais como estratégias legítimas de enfrentamento à crise climática;
  • Protagonismo de mulheres e juventudes nos espaços de decisão;
  • Defesa da vida de lideranças e comunidades ameaçadas.

Na ocasião, Ednalva Ribeiro, vice-coordenadora do MIQCB, reforçou:

“A carta da Rede mostra que nós temos soluções concretas para a crise climática. Mas precisamos que os recursos cheguem de forma direta e com respeito às nossas formas de governança. O protagonismo das quebradeiras de coco precisa ser reconhecido.”

A participação das bases também foi lembrada por Socorro Viana, representante do comitê gestor do Fundo Babaçu pela Aconeruq – Associação das Comunidades Negras Rurais e Urbanas Quilombolas do Maranhão:

“O Fundo Babaçu representa as mulheres nos territórios, lá na ponta, onde a luta acontece todos os dias. A gente sabe a dificuldade que é manter o babaçu em pé diante do avanço do agronegócio e dos agrotóxicos. Por isso, esse fundo é nossa ferramenta de resistência e de esperança.”

Caminho para a COP30

Com a leitura da Declaração Política da Rede de Fundos Comunitários da Amazônia e os debates construídos coletivamente em Brasília, a Rede de Fundos chega fortalecida para a COP30. O encontro reafirmou que enfrentar a crise climática exige reconhecer os povos da Amazônia como protagonistas.

“Se a Amazônia cai, o planeta colapsa. A resposta somos nós.” – destaca a carta.

Acesse a carta na íntegra aqui.

A Pré-COP foi uma realização da Rede de Fundos Comunitários da Amazônia, em parceria com a Ação Social Franciscana (Sefra) e apoio de organizações como The Tenure Facility, Porticus e Rights and Resources Initiative (RRI).

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