Repórter: Tayná Duarte
O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) realizou, na Comunidade Juverlândia, em Sítio Novo/TO, o encontro “Juventudes e Quebradeiras: Cooperativismo e Associativismo”, reunindo jovens e mulheres do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins.
A atividade teve como objetivo promover a troca de saberes entre gerações, fortalecer a organização comunitária e incentivar práticas de cooperação e gestão coletiva, fundamentais para o desenvolvimento sustentável das comunidades babaçueiras.
Durante o encontro, foram realizadas rodas de conversa, oficinas e vivências que reforçaram a importância da união, da partilha e da autonomia das quebradeiras de coco babaçu.
A coordenadora executiva da Regional de Imperatriz e secretária de Juventude do MIQCB, Maria José, destacou a relevância do momento:
“Estamos no segundo intercâmbio de jovens e mulheres, o primeiro aconteceu no Piauí e o segundo, aqui em Juverlândia. Estamos falando sobre cooperativismo e associativismo para que os jovens compreendam melhor o funcionamento da cooperativa do MIQCB e também sejam incluídos nesse processo, vendendo produtos como artesanato e biscoitos. Tivemos três oficinas que aproximaram ainda mais os jovens das mulheres, fortalecendo nossa cooperativa.”
Representando a Regional Piauí e integrante da Rede de Comunicadores e Defensores do MIQCB, Antônio José reforçou:
“O intercâmbio é um espaço para dialogar sobre cooperativismo e associativismo, além das oficinas de produção. A juventude precisa estar inserida para fortalecer as quebradeiras de coco e o próprio MIQCB enquanto movimento. É um evento essencial que nos fortalece como jovens e também fortalece as quebradeiras.”
Da Regional Mearim Cocais/MA, Luan também compartilhou suas impressões:
“Pude perceber como o associativismo e o cooperativismo são importantes dentro da produção e valorização do coco babaçu. Foi uma experiência muito proveitosa, com oficinas que nos ajudam a entender mais sobre o trabalho das quebradeiras e a importância da associação nos territórios.”
Já Amanda Xavier, da Regional Tocantins, artesã e integrante da rede de comunicadores, destacou o caráter de troca:
“Esses dias de oficina foram muito ricos. Falar sobre cooperativismo e associativismo foi essencial, e as oficinas de artesanato e biscoitos nos permitiram trocar experiências, ensinar o que já sabemos e aprender com os jovens também.”
Ednalva Ribeiro, vice-coordenadora do MIQCB, Regional Tocantins, descreve:
“O intercâmbio da juventude e das mulheres foi uma troca de experiências muito interessante entre todas as regionais do MIQCB, porque cada uma tem sua forma de trabalho, nem todas atuam com artesanato ou biojoias. Trabalhar o tema do cooperativismo e do associativismo com a juventude é muito importante, pois serve tanto para nós, mulheres que fazemos parte da CIMQCB, quanto para os jovens que puderam compreender o que é uma cooperativa. Essa discussão foi muito rica, e esses dois dias de atividades foram muito bons.”
Bárbara Akróa Gamela, quebradeira de coco, indígena e coordenadora executiva do MIQCB, reforçou o papel transformador do encontro:
“Esse intercâmbio da juventude e das quebradeiras é muito importante para falar sobre cooperativismo e associativismo, porque falar da juventude é um esperançar para o MIQCB. Essa troca de experiências é essencial, é sempre muito bom ter esses momentos de intercâmbio para nos fortalecermos e para que novas lideranças possam surgir nas comunidades.”
O pesquisador Anderson Borges, um dos facilitadores convidados, ressaltou a importância do diálogo entre gerações:
“Estivemos reunidos para discutir o cooperativismo e associativismo, unindo juventude e quebradeiras. A ideia é integrar o conhecimento tradicional das mulheres com as inovações e tecnologias que os jovens trazem, criando um caminho comum que fortaleça a cooperativa e desperte o interesse das juventudes pela continuidade do trabalho com o babaçu.”
A professora e pesquisadora Tássia Curcino, que também facilitou oficinas, contou sobre a metodologia aplicada:
“Realizamos dinâmicas com os jovens e quebradeiras, como a construção de um mural de palavras e uma linha do tempo sobre o papel da juventude no movimento e na cooperativa. Essas atividades trouxeram reflexões sobre desafios e oportunidades dentro da organização.”
O encontro reafirma o protagonismo das juventudes na continuidade das lutas pelo Babaçu Livre, na defesa dos territórios e na construção de um futuro coletivo, solidário e sustentável para as comunidades babaçueiras.
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